A colonoscopia é um exame seguro, no entanto, não é isenta de riscos. As complicações podem ser divididas em


1. Relacionadas ao preparo, a sedação ou anestesia;
2. Relacionadas a procedimentos diagnósticos ou terapêuticos.

O uso de catárticos durante o preparo intestinal pode ocasionar tonturas, náuseas, vômitos e cólicas intestinais, seguidos ou não por desidratação e desequilíbrio hidroeletrolítico (alteração na concentração corporal de sódio, potássio e magnésio). Raramente, distensão abdominal pode ocorrer, particularmente em pacientes com tumores avançados do intestino grosso. O preparo intestinal é realizado de maneira a prevenir ou minimizar esses efeitos colaterais por hidratação venosa e reposição hidroeletrolítica vigorosa, e uso profilático de antieméticos.

As medicações empregadas na sedação podem provocar reações locais (flebite no local da punção venosa) e sistêmicas de natureza cardiorrespiratória, incluindo depressão respiratória com diminuição na oxigenação sanguínea e alterações no ritmo cardíaco (bradicardia e taquicardia) e na pressão arterial sistêmica (hipotensão e hipertensão).  Esses efeitos colaterais são constantemente monitorizados durante o exame com o uso de monitor de oxigenação sanguínea e de controle da frequência cardíaca, estando a equipe habilitada para o tratamento imediato de qualquer uma dessas complicações.

As complicações relacionadas a colonoscopia diagnóstica são raras, ocorrendo em 0,1% a 0,5% dos exames. As mais frequentes são a perfuração (0,5%) e o sangramento (0,05%). Perfuração ocorre mais frequentemente em pacientes idosos com doença diverticular deformante dos cólons. Hemorragia é excepcional e ocorre geralmente em pacientes com distúrbios de coagulação submetidos à biópsia do cólon. Essas complicações são mais frequentes nos procedimentos terapêuticos, incluindo polipectomia (retirada de pólipos), mucosectomia (retirada de lesões planas ou deprimidas), hemostasia (tratamento de lesões sangrantes), dilatação de estenose (estreitamento) e descompressão do cólon.

As complicações após a polipectomia podem são as mais frequentes, mesmo assim com índices muito baixos, como sangramento e perfuração na base do pólipo retirado em, respectivamente, 1 a 2,5% e 0,3% a 2% dos casos. Essas complicações ocorrem geralmente em pacientes com pólipos de grandes dimensões (maiores que 2 cm) e podem ocorrer no momento ou dias após a realização do exame. O sangramento pode ser tratado por hemostasia endoscópica e a perfuração habitualmente requer tratamento cirúrgico.


Orientações em caso de procedimentos endoscópicos devem ser tomados alguns cuidados:

– Após o exame, a alimentação nas primeiras 36 horas, deve ser apenas dieta sem resíduos como água, água de coco, sucos de cores claras coados, isotônicos de cores claras, gelatinas de cores claras, biscoito de polvilho, suspiros, caldos salgados claros e macarrão instantâneo sem molho – a mesma da véspera do exame!

 – Leite de vaca e de soja não são permitidos.

– Hidratação: 04 copos (de 250 ml) de líquidos claros pela manhã, 04 copos durante a tarde e 04 copos durante a noite.

Repouso: em casa, por pelo menos 24 horas.

– 03 dias depois do exame deve ser evitado: carne vermelha, frutas com bagaço e sementes em geral.

– Em caso de flatulência (gases), tomar 45 gotas de FLAGASS® ou LUFTAL®.

– Em caso de náuseas, tomar 01 cápsula/comprimido de BROMOPRIDA® ou PLASIL® ou DOMPERIDONA® ou 35 gotas de DRAMIN®.

– Se for observada qualquer anormalidade, como a presença de sangue vivo nas fezes, fezes escuras e malcheirosas, dor abdominal ou febre alta, por favor entrar em contato com a GASTROCLINIC pelo telefone (13) 99151-9041, ou procurar imediatamente Serviço de Emergência que atenda o seu convênio e levar a orientação/descrição entregue no dia do exame.


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