Prisão de ventre, intestino preso, intestino ressecado, intestino lento

É definida como uma alteração no funcionamento do intestino com duração mínima de 3 meses

A constipação intestinal é um conjunto de sinais e sintomas; pode ser secundária a uma somatória de causas. É, com certeza, uma queixa constante nos consultórios de gastroenterologistas e coloproctologistas; atinge mais frequentemente as mulheres.

Seu diagnóstico e tratamento seguem os ditames da Rome Foundation, organização independente, sem fins lucrativos, que fornece suporte para atividades destinadas a criar dados científicos e informações educacionais para auxiliar nas condutas dos distúrbios gastrointestinais funcionais e, assim, melhorar a vida de pessoas com esse tipo de distúrbio.

Quase todo mundo já teve, pelo menos, um episódio de constipação aguda durante a vida, e uma em cada seis pessoas tem um quadro crônico.

Classicamente o hábito intestinal normal passa por evacuações com frequências que variam de 3 vezes por dia até 3 vezes por semana.

Seguindo a lógica, a constipação seria diagnosticada sempre que alguém defecasse menos de 3 vezes por semana.

Existem algumas controvérsias. Um dos motivos é o fato da frequência de evacuações ser geralmente subestimada, assim como a interpretação que cada um dá ao termo constipação intestinal.

Critérios para diagnóstico:

1 – Pelo menos 1 em cada 4 evacuações deve apresentar duas das seguintes características:

  • esforço para conseguir defecar;
  • fezes em “bolinhas” ou endurecidas;
  • sensação de evacuação incompleta;
  • sensação de obstrução ou bloqueio na passagem das fezes;
  • necessidade de manobra manual para facilitar a evacuação;
  • menos de três evacuações por semana.

2 – Necessidade do uso de laxantes para ter fezes amolecidas.

3 – Ausência de critérios para Síndrome do Intestino Irritável.

Na maioria dos casos, a constipação não é um sinal de uma doença grave, sendo muito comum não haver uma causa claramente identificável.

Em mulheres jovens e saudáveis costuma não ter uma causa grave e, na maioria das vezes, não necessita de uma investigação médica muito profunda. Por outro lado, em idosos deve ser avaliada com mais cuidado, pois ela pode ser o primeiro sinal de um tumor do cólon ou do reto. Os idosos também costumam ser medicados com múltiplas drogas, podendo ser uma delas a origem da sua constipação.

Frequentemente, mais de um fator está envolvido na origem da constipação.

  • Ingestão insuficiente de líquidos
  • Dieta inadequada, com elevado consumo de proteína animal e carboidratos, e baixo consumo de fibras
  • Consumo excessivo de laticínios
  • Sedentarismo
  • Imobilidade, como no caso das pessoas que ficam restritas à cama
  • Gravidez
  • Estresse emocional
  • Não evacuar na hora que sente vontade
  • Uso abusivo de laxantes
  • Alterações na musculatura pélvica
  • Pseudo-constipação
Categorias: Gastroclinic

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