Que a qualidade de nossa alimentação tem influência direta em nossas vidas já está mais do que provado! Com a evolução de pesquisas clínicas relacionadas à microbiota intestinal essa declaração fica mais marcante ainda.
O corpo humano abriga trilhões de micróbios (incluindo bactérias, vírus, archaea, eucariotos inferiores e superiores e fungos) pertencentes a centenas de espécies diferentes, das quais a grande maioria reside no intestino. As últimas décadas viram um aumento exponencial em nosso conhecimento sobre o impacto da microbiota intestinal em vários aspectos da saúde humana, incluindo a saúde do cérebro. Além disso, ficou claro que a dieta é um dos principais fatores envolvidos na formação da microbiota intestinal, tendo efeitos marcantes na diversidade microbiana, bem como na abundância e capacidade metabólica de micróbios específicos. Além disso, tem havido uma ênfase crescente no papel dos hábitos alimentares no apoio à saúde mental ideal.
Recentemente, surgiu o conceito de psicobióticos, descrevendo fatores exógenos que influenciam a microbiota (por exemplo, através de probióticos, prebióticos, dieta) com efeitos positivos mediados por bactérias na saúde mental. É evidente que o consumo de dietas de estilo ocidental ricas em alimentos processados, fritos e ricos em açúcar e pobres em alimentos vegetais com suas fibras constituintes e polifenóis pode levar à perda da diversidade e função microbiana, bem como à extinção de importantes micróbios benéficos, além da expansão de patógenos oportunistas, com consequências de longo alcance para a saúde humana.
Também é reconhecido que o uso de dietas saudáveis para modular positivamente a comunicação intestino-cérebro traz possibilidades tanto para a prevenção quanto para o tratamento de transtornos mentais comuns.
Parece “chover no molhado” mas cada vez mais a comunidade científica se vê diante da necessidade de alertar a população quanto aos seus hábitos alimentares!
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