O câncer colorretal ou câncer do cólon e reto é um problema de saúde mundial, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), estimam-se, para cada ano do triênio de 2020-2022, 20.540 casos em homens e 20.470 em mulheres. |
O câncer do intestino grosso, chamado também câncer de cólon e reto ou câncer colorretal, é uma doença que atinge indistintamente homens e mulheres.
Em sua maioria se desenvolve gradativamente por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desordenada sem apresentar qualquer sintoma.
Por esse motivo, a detecção precoce é fundamental. Quanto mais cedo é diagnosticado, maiores as chances de cura.
É uma doença multifatorial influenciada por fatores genéticos, ambientais e relacionados ao estilo de vida. Os fatores hereditários, como o histórico familiar de câncer de cólon e reto e as doenças inflamatórias do intestino, representam apenas uma pequena proporção da variação observada na carga global da doença.
Nesse sentido, as diferenças geográficas observadas na incidência possivelmente refletem a adoção de hábitos de vida ocidentais. É evidente a ocorrência de uma transição nutricional, em todo o mundo, que afeta principalmente os países em desenvolvimento.
Fatores de risco ligados ao estilo de vida são modificáveis e incluem: o consumo de bebidas alcoólicas, a baixa ingestão de frutas e vegetais, o alto consumo de carnes vermelhas e de alimentos processados, a obesidade, o tabagismo e a inatividade física. |
Quais os sintomas?
Os sintomas mais comuns associados ao câncer de intestino são:
Sangue nas fezes;
Mudanças recentes nos hábitos intestinais;
Sensação de evacuação incompleta;
Cansaço ou fadiga inexplicável;
Dores abdominais;
Perda inesperada e repentina de peso
Atenção, pois o câncer colorretal pode se desenvolver silenciosamente por um tempo, sem apresentar nenhum sintoma.
O câncer colorretal quase sempre, surge como um pólipo (lesão benigna) que cresce na parede do intestino podendo se desenvolver e sofrer transformação maligna, caso não seja diagnosticado e retirado a tempo. A colonoscopia é o exame indicado (padrão-ouro) para esse procedimento e na prevenção do câncer.
A recomendação atual é que pessoas sem histórico de câncer colorretal na família e sem sintomas procurem o coloproctologista aos 50 anos.
As pessoas com histórico familiar, têm indicação de serem avaliadas com colonoscopia:
– Aos 40 anos ou 10 anos antes do diagnóstico do familiar (o que for antes), se câncer em dois familiares de 1º grau ou se familiar de 1º grau diagnosticado com menos de 60 anos de idade. O rastreamento é feito a cada 5 anos;
– Aos 50 anos, se familiar diagnosticado com mais de 60 anos de idade.
A pesquisa de sangue oculto nas fezes é realizada por meio da coleta de fezes e pode detectar frações pequenas de sangue difíceis de se visualizar a olho nu.
O rastreamento* para pessoas sem risco aumentado para câncer colorretal é realizado entre os 50 e 75 anos com a primeira colonoscopia aos 50 anos e, na sequência, pesquisa de sangue oculto nas fezes anual ou bienalmente ou com colonoscopia a cada 10 anos. Se o paciente apresentar sangue oculto nas fezes positivo, deve-se realizar investigação sequencial com colonoscopia. A partir dos 75 anos, a continuação do rastreamento é individualizada.
* Rastreamento do câncer intestinal é um conjunto de atitudes que permite identificar pólipos ou câncer de forma precoce (em tempo de curar).
O câncer colorretal é altamente curável, especialmente quando diagnosticado cedo. A cirurgia, associada algumas vezes à quimioterapia e radioterapia, é usada como tratamento.
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