DIVERTICULOSE
DIVERTICULITE
DOENÇA DIVERTICULAR
Diverticulose é “a presença de” e diverticulite é “inflamação e infecção de” um ou mais divertículos. Doença Diverticular é a presença dos divertículos com algum sintoma: dor, distensão abdominal ou quadros de diverticulite de repetição.
Divertículos são pequenas bolsas na parede interna ou revestimento de qualquer parte do Sistema Digestório. Essas bolsas acontecem quando a camada interna, de órgãos ocos, empurra pontos fracos para a camada externa. Em sua maioria estão localizados no cólon.
Para promover a irrigação da mucosa (revestimento interno) do cólon os vasos sanguíneos atravessam a parede, promovendo áreas enfraquecidas que, diante de um aumento da pressão dentro do cólon permitem a formação de bolsas – os divertículos.
Em 1999, o Consenso de Roma estabeleceu que o termo diverticulose refere-se apenas à presença de divertículos no cólon, sem sintomas e sem associação com processo inflamatório ou infeccioso. O termo Doença Diverticular do Cólon (DCC) diz respeito à presença de divertículos associados a todo espectro de sintomas e sinais.
A diverticulite é uma das complicações e significa a presença de inflamação e/ou infecção associada ao divertículo.
A prevalência da doença aumenta com a idade, e quanto mais velhos, maior sua incidência. Mas pessoas jovens, com menos de 40 anos, também podem ter divertículos e este fato pode estar relacionado à herança familiar. A maioria dos pacientes com diverticulose (80% aproximadamente) não apresenta sintomas ou complicações e nunca saberá que tem a doença, a menos que seja descoberta durante exames como colonoscopia, enema baritado, colonoscopia por tomografia (foto), cápsula endoscópica ou ressonância magnética.
Cerca de 20% das pessoas com divertículos tornam-se sintomáticos com dor ou sangramento quando surgem complicações inflamatórias ou hemorrágicas. Por vezes desenvolvem sintomas inespecíficos, como distensão abdominal, constipação ou diarreia e eliminação de muco pelo reto.
Mas alguns especialistas acreditam que esses sintomas são devidos a outro distúrbio (p. ex., síndrome do intestino irritável) e que a presença de divertículos é coincidente em vez de causal.
Tratamento:
Como medida preventiva, é aconselhável seguir uma dieta rica em fibras, frutas e vegetais e limitar a ingestão de carnes vermelhas, alimentos embutidos e ultra processados.
No passado, os médicos recomendavam às pessoas com doença diverticular que evitassem nozes, sementes e pipoca. Havia o receio de que pudessem ficar presas nas bolsas intestinais. No entanto, após acompanharem mais de 47 mil pessoas durante 18 anos, pesquisadores descobriram que aqueles que comiam esses alimentos ricos em fibras não corriam risco extra de problemas.
Indivíduos com sobrepeso ou obesos, fumantes, sedentários e com uma dieta rica em carne vermelha aumentam a probabilidade de ter diverticulose. Portanto, manter um peso adequado com dieta saudável, abster-se de fumar e praticar esportes são rotinas que podem diminuir a chance da doença se manifestar. Uma vez formados os divertículos, eles não desaparecem!
O uso de anti-inflamatórios não esteroides, como ibuprofeno e aspirina, parece estar relacionado a chance de desenvolver diverticulite. No entanto, se você toma aspirina para o coração ou vasos sanguíneos, não deve interromper a aspirina sem falar com seu médico. Os narcóticos opiáceos e os corticosteroides também parecem predispor à diverticulite.
Vários medicamentos diferentes foram estudados na esperança de prevenir a diverticulite recorrente em pacientes que tiveram uma ou mais crises. Infelizmente, o medicamento mais bem estudado, não reduziu a probabilidade de diverticulite recorrente.
Você está em maior risco de doença diverticular se:
- Têm mais de 40 anos;
- é do sexo masculino;
- está acima do peso;
- tem uma dieta pobre em fibras, não come frutas, vegetais, leguminosas, pães e grãos;
- tem uma dieta rica em gordura e carne vermelha;
- não se exercita;
- é fumante;
- toma constantemente anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como aspirina e ibuprofeno; ou opióides.