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Entendendo sobre anestesia ambulatorial

São os procedimentos anestésicos que proporcionam a pronta ou rápida recuperação do paciente, sem a necessidade de pernoite, exceto em casos eventuais.

A evolução de anestesia ambulatorial ocorreu na vigência de uma maior segurança nas técnicas utilizadas (cirúrgicas e anestésicas), novos fármacos e novos métodos de monitorização. Portanto, a anestesia não é um fator limitante para a realização de procedimentos ambulatoriais atualmente.

A maior vantagem dos procedimentos ambulatoriais é o breve retorno ao lar, bem como retorno precoce ao trabalho, além da melhora da relação médico-paciente.

A seleção dos pacientes que poderão ser submetidos a anestesia ambulatorial, está de acordo com alguns pré-requisitos:
  • Características próprias e fatores relacionados ao paciente;
  • Conduta criteriosa na seleção do paciente com consulta pré-anestésica e classificação de ASA (I e II preferencialmente);
  • ASA III estáveis podem ser englobados como pacientes ambulatoriais, por isso, é importante a avaliação do especialista que o acompanha, certificando que seria possível fazer o exame de endoscopia ou colonoscopia sob sedação e em clínica.
Exames complementares são realizados em algumas situações:
  • Presença de dados positivos na história clínica ou exame físico do paciente,
  • Necessidade de valores pré-operatórios de exames que possam alterar durante o procedimento ou durante a anestesia,
  • Condições especificas que possam incluir o paciente no grupo de risco.

São critérios de inclusão:

  • Presença de acompanhante adulto é de suma importância.
  • Fácil locomoção até a unidade ambulatorial.
  • Nível intelectual adequado.
  • O paciente deve apresentar condições de cumprir todos os cuidados antes e depois do exame, bem como o preparo do colón, jejum adequado e manutenção de algumas medicações a serem administradas antes da colonoscopia e da sedação.

Anestesia Venosa:

Levando-se em conta as características dos agentes venosos, a anestesia venosa total, pode ser empregada em procedimentos ambulatoriais. Esta modalidade anestésica engloba o uso concomitante de agentes hipnóticos, ansiolíticos e analgésicos, proporcionando assim, maior conforto ao paciente como diminuição do estímulo doloroso, da ansiedade, e principalmente, o despertar rápido.

Recuperação Anestésica:

Basicamente, significa voltar ao estado pré-anestésico: tanto fisicamente quanto intelectualmente.

Devemos considerar sempre:  a segurança, o conforto e a recuperação num período curto, com o pronto retorno o mais breve possível para o lar e às atividades habituais do paciente.

Critérios de Alta:

  • Sinais vitais estáveis por pelo menos uma hora.
  • Ausência de sinais de depressão respiratória.
  • Boa orientação no tempo e no espaço.
  • Ausência de: dor excessiva, náuseas e vômitos.
  • O paciente deve estar acompanhado de um adulto.
  • Índice de Aldrete-Kroulik maior ou igual a 9.

Dra. Icléa Lagoeiro Corrêa – Médica anestesiologista